sábado, 19 de março de 2011

(não) AMADUREÇA

Como quando criança, tinha desses sonhos nos quais voava. Só que não com a facilidade do super homem, e sim com o esforço dos pássaros, que batem as asas para plainar no ar. Mas nem asas possuia, eram sonhos tão reais que voar era como ficar na superfície da água em uma piscina que não dá pé.

Tão simples, tão real. Tinha...devia tentar quando acordasse.

Frustração.

Seres humanos não voam mi corazón. Assim como não afastam coisas com o poder da mente - viu Matilda?.

Tinha esse desejo voraz por super poderes. Ahh...como queria voar, afastar objetos com o poder da mente, ter o quarto limpo e arrumado com um estalar de dedos, pensar em uma comida e, ao abrir os olhos, tê-la em sua frente, voltar ao passado para dar dicas a si mesma de como agir em certa situação.
Mas se nem o mais real dos sonhos se tornaria verdade, o que seria de todos os outros? Tão infantil.

Amadureceu.

Crescida, com bom marido, ótimos filhos, ótimo emprego. Só faltava mesmo um cachorro e um super poder para ser plenamente feliz.